Atualmente, cuidar da saúde é cada vez mais importante, e entender bem o que está a contratar faz toda a diferença para evitar surpresas quando mais precisa. Por isso, neste artigo, explicamos o que é um seguro de saúde, como se distingue de um plano de saúde e o que mudou com as novas orientações da ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) em 2025.
Afinal, o que é um seguro de saúde?
Um seguro de saúde é mais do que um cartão de descontos, é uma rede de proteção real. Com um seguro, o cliente paga um prémio mensal ou anual e, em troca, tem direito ao pagamento parcial ou total de consultas, exames ou internamentos, tudo de acordo com a apólice contratada.
Ao contrário de um plano de saúde, num seguro, a seguradora assume o risco das despesas inesperadas. Isto significa que, em caso de doença ou acidente, não terá de suportar sozinho custos elevados que podem surgir de repente.
E um plano de saúde? É igual?
Não. Um plano de saúde é, na prática, um cartão de descontos, o utilizador paga uma mensalidade para ter acesso a preços mais baixos em consultas e exames, mas todas as despesas continuam a ser pagas por si, sem qualquer cobertura de risco.
ASF: O que mudou?
Nos últimos anos, muitas empresas venderam planos de saúde como se fossem seguros, usando termos que só as seguradoras podem usar, como “cobertura”, “franquia” ou “período de carência”.
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) clarificou em 2025 que apenas seguradoras autorizadas podem utilizar termos regulamentados. Além disso, recomendou que as seguradoras não chamem “plano” às opções ou pacotes de coberturas de um contrato de seguro, para evitar confusões.
Qual o impacto para si?
Com estas alterações, os consumidores passam a ter mais clareza e segurança ao contratar um seguro de saúde, sabendo distinguir claramente entre um cartão de descontos (plano) e um verdadeiro contrato de seguro que protege financeiramente contra despesas inesperadas.
Assim, quem contrata um seguro de saúde sabe exatamente o que está a comprar e o que não está.
Que tipos de seguros existem?
Rede convencionada: A forma mais comum. Dá acesso a uma rede de médicos e hospitais com preços negociados. O cliente só paga uma parte, chamada copagamento.
Seguro de reembolso: Liberdade para escolher qualquer médico ou clínica, mesmo fora da rede. Depois, envia as faturas e recebe parte do valor de volta (percentagem definida na apólice).
Familiar: Cobre vários membros do agregado familiar numa única apólice, geralmente com prémios mais vantajosos.
Doenças graves: Proteção extra para doenças de maior gravidade (ex.: cancro, doenças cardíacas).
Como escolher o melhor seguro?
Cada pessoa é única, mas estas dicas ajudam:
- Veja se a rede de médicos e clínicas é conveniente para si.
- Analise o que está incluído: consultas, exames, internamentos, partos, dentista.
- Confirme os períodos de carência (por exemplo, partos podem ter carências mais longas).
- Compare o prémio mensal com os benefícios incluídos.
- Analise serviços adicionais: linhas de apoio médico, consultas online, descontos em farmácias.
Como funciona na prática?
copagamento acordado.
Reembolso: Se usar um médico fora da rede, guarde a fatura e envie para a seguradora. O reembolso é feito de acordo com a percentagem definida na apólice.
Internamentos: Para cirurgias ou internamentos programados, informe a seguradora com antecedência para garantir cobertura.
Vantagens de escolher um seguro de saúde?
- Evita listas de espera demoradas;
- Permite liberdade de escolha em alguns planos;
- Evita surpresas desagradáveis no orçamento familiar;
- Dá maior proteção financeira em momentos críticos.
Exemplo:
- Consulta de especialidade: sem seguro, 100 €-150€.
Com seguro (rede convencionada): Copagamento de 25€-40€ (conforme a apólice)
- Exame de diagnóstico (ex: ressonância magnética): sem seguro, 350 €. Com seguro, copagamento de 60 € (conforme a apólice).
(Estes valores são exemplos indicativos, confirme sempre as condições reais da sua apólice.)
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